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Foto do escritorCorradino Astengo

Chart of the Week | Vesconte Maggiolo, 1504, Italy



Author | Autor Vesconte Maggiolo

Date | Data 1504

Country | País Italy

Archive | Arquivo Biblioteca Federiciana, Fano

Dimensions | Dimensões 1390 X 920 cm


During the first two centuries of the modern era the manufacture of portolan charts in Genoa was a private enterprise (as in the other main ports of the Mediterranean), but under a state-controlled monopoly. The result was that for a period of 130 years, the official charge of Magister cartarum pro navigando fell to a member of the Maggiolo family. The founder of this dynasty of chart makers was Vesconte Maggiolo, and this planisphere is probably his earliest extant work. In fact, the chart has always been at the centre of lively controversies among scholars because the date on it is surely incomplete and is open to various interpretations. The inscription reads: . Ego Vesconte de Maiollo conpoxuy ./. hanc cartam de anno dñj . 1 5 4 . die./. viij Juny in Civitatem Janua.

Clear traces of abrasion between the three Arabic numerals lead us to think that, originally, the date must have been written: . 1 . 5 . 4 . We must also note that the dates of the earliest works by Vesconte Maggiolo are written in a similar style (. 1 . 5 . 11 . , . 1 . 5 . 12 ., and so on). Among scholars who have commented on the chart, Sebastiano Crinò suggests the year 1534, believing that it could have been the manuscript prototype of the printed world map referenced in an agreement between the same Vesconte and the Genoese printer Lorenzo Lomellino Sorba. Despite a contract being signed the same year, the project was never completed. Giuseppe Caraci proposes the year 1514, while Roberto Leviller argues for 1504, considering it to be Maggiolo’s first work and lengthening considerably his active life (which continued until 1549). In recent times, Ilaria Luzzana Caraci has accepted this earliest dating of the chart. This early dating seems confirmed by the legend close to the island of Santa Trinitade in the South Atlantic, in which the year of the discovery is written: . 1 . 50. 3 . It is possible that the number was initially rendered as . 1 . 5 . 3 ., and that the zero was inserted later.

The chart is not a real world map because it represents only the known lands from Greater Antilles to India, covering less than 180 degrees. It seems that the author did not want to add anything conjectural to the chart, limiting his representation to the areas for which he had recent and reliable information. Maybe it is for this reason that the New World is still depicted in four separate sections, without any attempt to show a connection among them, and in the Indian Ocean the great islands have been omitted. On the whole, the geographical knowledge of the chart does not reflect insights from any voyages later than 1502-03, confirming, with the due caution, a production date of 1504.


Versão portuguesa


Durante os dois primeiros séculos da Idade Moderna, a produção de cartas portolano em Génova foi uma iniciativa privada (tal como nos outros grandes portos do Mediterrâneo), na forma de um monopólio controlado pelo Estado. O resultado foi que, por um período de 130 anos, o cargo oficial de Magister cartarum pro navegando pertenceu à família Maggiolo. O fundador desta dinastia foi Vesconte Maggiolo, e este planisfério é provavelmente o seu trabalho mais antigo. Na realidade, a carta foi sempre objecto de acesas controvérsias entre os académicos, uma vez que a data nela inscrita está certamente incompleta e aberta a diversas interpretações. Na inscrição, lê-se: . Ego Vesconte de Maiollo compoxuy./.hanc cartam de anno dñj . 1 5 4 . die./. viii Juny in Civitatem Janua.

Sinais evidentes de desgaste entre os três algarismos árabes levam-nos a pensar que, originalmente, a data deveria ler-se como: . 1. 5 . 4 . Devemos também ter em conta que as datas dos trabalhos mais antigos de Vesconte Maggiolo foram escritas de forma semelhante (. 1 . 5. 11 ., . 1 . 5 .12 ., etc.). De entre os académicos que comentaram esta carta, Sebastiano Crinò sugere o ano de 1534, considerando que este pode ter sido o protótipo manuscrito do mapa-mundo impresso que se encontra referenciado num acordo entre o mesmo Vesconte e o impressor Lorenzo Lomellino Sorba. Embora um contrato tenha, de facto, sido assinado nesse mesmo ano, o projecto nunca foi concretizado. Giuseppe Caraci propõe o ano de 1514, enquanto Roberto Leviller o de 1504, considerando ser esta a primeira obra de Maggiolo e assim alargando consideravelmente a sua vida activa (a qual se estendeu até 1649). Mais recentemente, Ilaria Luzzana Caraci aceitou esta datação mais antiga. Esta parece ainda ser confirmada pela legenda junto à ilha de Santa Trinitade no Atlântico Sul, na qual o ano da respectiva descoberta se encontra escrito como: . 1 . 5o. 3 . É possível que a data tenha sido originalmente escrita como . 1 . 5 . 3., e que o zero tenha sido acrescentado depois.

A carta não é um verdadeiro planisfério uma vez que representa somente as terras conhecidas entre as Grances Antilhas e a Índia, cobrindo menos de 180 graus. Aparentemente, o autor não pretendeu acrescentar-lhe nada de conjectural, limitando a representação às áreas para as quais possuía informação recente e fiável. Talvez por esta razão o Novo Mundo é ainda representado em quatro secções distintas, sem indícios de ligações entre elas, e as grandes ilhas do Oceano Índico foram omitidas. Em geral, o conteúdo geográfico da carta não mostra indícios de qualquer viagem posterior a 1502-03, o que confirma – com os devidos cuidados – a datação de 1504.


Further reading | Leitura complementar

  • S. CRINO’, Notizia sopra una Carta da Navigare che si conserva nella Biblioteca Federiciana di Fano, in “Bollettino della Società Geografica Italiana”, Vol. XLIV, 1907.

  • R. LEVILLER, Il Maiollo alla Mostra Vespucciana, in “L’Universo”, Vol. XXXIV, 1954.

  • G. CARACI, Sulla data del planisfero di Vesconte Maggiolo conservato a Fano, in “Memorie Geografiche”, Vol. III, 1956.

  • LUZZANA CARACI, Vesconte Maggiolo, Planisfero, in R. CAVALLO, Cristoforo Colombo e l’apertura degli spazi. Mostra storico cartografica, Roma, Istituto Poligrafico a Zecca della Stato, 1992.

  • C. ASTENGO, Il planisfero di Vesconte Maggiolo di Fano (1504), Ancona, Collezione inFolio, 2004.

  • G. C. MCINTOSH, The Vesconte Maggiolo World Map of 1504 in Fano, Italy, Plus Ultra Publishing Company, 2013.



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